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CÂNCER DE PRÓSTATA
O câncer de próstata é uma doença que se desenvolve em uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. Representa o tipo de câncer (não cutâneo) mais comum entre os homens, e apresenta pico de incidência a partir 50 anos. Na fase inicial, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas, o que ratifica a importância de exames preventivos na população masculina. Conforme a evolução da doença, podem surgir sintomas urinários, e em estágios mais avançados, dor óssea, principalmente na coluna, quadris ou costelas. Para a detecção do problema, deve ser realizado exame digital da próstata através do toque retal, sendo avaliado a presença de nódulos ou alterações na consistência da glândula. Complementarmente deve ser dosado o antígeno prostático específico (PSA) no sangue, valores elevados podem indicar a necessidade de exames adicionais, como a ressonância magnética multiparamétrica e a biópsia prostática, que confirma presença do câncer. O tratamento do câncer de próstata depende do estágio da doença, da idade e do estado de saúde geral do paciente. As opções incluem vigilância ativa, cirurgia para remoção da próstata (prostatectomia), radioterapia, hormonioterapia e, em alguns casos, quimioterapia. A escolha do tratamento é individualizada e deve ser discutida entre o paciente e a equipe médica. A prevenção envolve a adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e manutenção de um peso adequado. Além disso, é fundamental que homens a partir dos 50 anos, ou 45 anos para aqueles com histórico familiar de câncer de próstata ou de raça negra, consultem regularmente um urologista para avaliação individualizada. O rastreamento deve ser realizado após ampla discussão dos riscos e potenciais benefícios. A detecção precoce do câncer de próstata aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento, permitindo uma melhor qualidade de vida para o paciente.

BENEFÍCIOS DA CIRURGIA ROBÓTICA NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA LOCALIZADO
A cirurgia robótica é uma das opções mais avançadas para o tratamento do câncer de próstata localizado, sendo amplamente recomendada pelos guidelines americano e europeu para casos em que a remoção da próstata (prostatectomia radical) é indicada. Essa plataforma utiliza um sistema controlado pelo cirurgião, que realiza movimentos precisos e minimamente invasivos. Uma das principais vantagens da cirurgia robótica é a precisão. O sistema robótico permite que o cirurgião visualize a área operada com imagens ampliadas em 3D e alta definição, facilitando a identificação de estruturas delicadas, como nervos e vasos sanguíneos. Isso é especialmente importante para preservar funções vitais, como o controle urinário e a capacidade de ereção, após a cirurgia. Outra grande vantagem é o menor impacto no corpo do paciente. Como a técnica é realizada através de pequenas incisões, há menos sangramento, menos dor no pós-operatório e uma recuperação mais rápida. A maioria dos pacientes consegue retornar às atividades cotidianas em menos tempo, em comparação com a cirurgia tradicional aberta. Por fim, é importante lembrar que a escolha do tratamento ideal deve ser feita em conjunto com uma equipe médica especializada. A cirurgia robótica pode ser uma excelente opção, mas nem todos os casos de câncer de próstata localizado são iguais, e cada paciente deve receber uma abordagem personalizada.

CÂNCER DE RIM
Os rins são órgãos responsáveis por filtrar o sangue, produzir urina e regular funções importantes do corpo. O surgimento de tumores nos rins é mais comum em adultos acima de 50 anos e representa cerca de 2% a 3% de todos os tipos de câncer no mundo. Muitas vezes, o câncer renal não causa sintomas nas fases iniciais e é descoberto por acaso durante exames de imagem, como ultrassom ou tomografia, realizados por outros motivos. Quando os sintomas aparecem, eles podem incluir sangue na urina, dor ou sensação de pressão no lado das costas ou abdômen, e cansaço persistente. Os principais fatores de risco incluem tabagismo, obesidade, pressão alta e histórico familiar de câncer renal. Além disso, algumas condições genéticas aumentam a predisposição para a doença. O diagnóstico é feito por exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, e, em alguns casos, pode ser necessária uma biópsia para confirmar o tipo de tumor. O tratamento depende do estágio da doença. Nos casos iniciais, a cirurgia para remover o tumor (ou parte do rim) é a abordagem mais comum. Para tumores maiores, pode ser necessário retirar o rim inteiro (nefrectomia). Em casos avançados ou metastáticos, tratamentos como terapia-alvo e imunoterapia, que estimulam o sistema imunológico a combater o câncer, têm mostrado bons resultados. Adotar hábitos saudáveis, como não fumar, manter um peso adequado e controlar a pressão arterial, pode ajudar a reduzir o risco de câncer renal. Além disso, o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento. Consultar regularmente um médico é fundamental para a saúde dos rins e do corpo como um todo.

CÂNCER DE BEXIGA
A bexiga é o órgão responsável por armazenar a urina produzida pelos rins. O surgimento de tumores nesse órgão ocorre mais comumente em homens acima de 55 anos, mas também pode afetar mulheres. O principal sintoma do câncer de bexiga é a presença de sangue na urina, que pode ser visível a olho nu ou detectado em exames. Outros sinais incluem dor ou ardência ao urinar, necessidade frequente de urinar e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Esses sintomas também podem ser causados por infecções urinárias, por isso é importante procurar um médico para avaliação. Os fatores de risco incluem o tabagismo, que é a principal causa, exposição prolongada a substâncias químicas como as usadas em indústrias têxteis e de tintas, além de histórico familiar de câncer de bexiga. O diagnóstico é feito através de exames como a cistoscopia, onde um pequeno tubo com câmera é inserido pela uretra para visualizar o interior da bexiga, e exames de imagem, como ultrassom ou tomografia. Amostras de tecido (biópsia) podem ser coletadas para confirmar o tipo e estágio do câncer. O tratamento varia conforme a gravidade da doença. Em casos iniciais, o tumor pode ser removido por via endoscópica (ressecção transuretral). Em casos mais avançados, pode ser necessária a remoção total ou parcial da bexiga, além de tratamentos como quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia. Adotar hábitos saudáveis, como evitar fumar, beber bastante água e evitar exposição a substâncias químicas perigosas, pode ajudar na prevenção do câncer de bexiga. O diagnóstico precoce aumenta muito as chances de sucesso no tratamento, por isso é importante prestar atenção aos sintomas e consultar um médico regularmente.

CÁLCULOS RENAIS (PEDRAS NOS RINS)
Os cálculos renais, também conhecidos como pedras nos rins, são formações sólidas que se desenvolvem nos rins a partir de cristais presentes na urina. Eles podem variar em tamanho e forma, desde pequenos grãos até pedras maiores que causam obstrução. Esse problema é comum, afetando cerca de 10% das pessoas ao longo da vida, sendo mais frequente em homens adultos entre 30 e 50 anos. Os principais sintomas incluem dor intensa nas costas ou na lateral do abdômen (que pode irradiar para a virilha), dificuldade para urinar, sangue na urina e náuseas. A dor de forte intensidade costuma ser descrita quando o cálculo se desloca pelo trato urinário e causa obstrução do mesmo (momento em que o cálculo se encontra no ureter – canal que comunica o rim à bexiga). As causas incluem desidratação, dieta rica em sal ou proteínas, histórico familiar, obesidade e algumas condições médicas, como infecções urinárias recorrentes. Beber pouca água é um dos principais fatores de risco, já que a urina mais concentrada facilita a formação de cristais. O diagnóstico é feito por exames de imagem, como tomografia, ultrassom ou raio-X. O tratamento depende do tamanho e localização do cálculo. Pedras pequenas geralmente são eliminadas espontaneamente com hidratação e medicamentos para aliviar a dor. Cálculos maiores podem exigir tratamentos como litotripsia (quebra das pedras por ondas de choque), ou procedimentos cirúrgicos para remoção. Para prevenir cálculos renais, é essencial beber bastante água diariamente, reduzir o consumo de sal e proteínas animais e manter uma alimentação equilibrada. Consultar um médico regularmente é importante, especialmente para quem já teve pedras nos rins, pois o risco de recorrência é alto.

VARICOCELE
A varicocele é uma condição caracterizada pela dilatação anormal na região escrotal, semelhante às varizes nas pernas. Essas veias dilatadas podem afetar a circulação sanguínea dos testículos, aumentando a temperatura local e interferindo na produção de espermatozoides. É uma das principais causas de infertilidade masculina, presente em cerca de 15% dos homens em geral e em até 40% dos homens com dificuldade para ter filhos. A maioria das varicoceles não causa sintomas e é descoberta durante exames de rotina. Porém, em alguns casos, pode haver desconforto ou dor no escroto, que piora ao longo do dia ou após esforços físicos. A relação entre varicocele e infertilidade ocorre porque o aumento da temperatura nos testículos pode prejudicar a qualidade, quantidade e motilidade dos espermatozoides, além de afetar a produção de testosterona. O diagnóstico é feito por exame físico, onde o médico pode sentir as veias dilatadas, especialmente quando o paciente está em pé. Em casos duvidosos, um ultrassom com doppler é utilizado para confirmar o problema e avaliar sua gravidade. O tratamento é indicado principalmente em homens que apresentam sub ou infertilidade, ou dor significativa. O procedimento mais comum é a varicocelectomia, uma cirurgia minimamente invasiva que corrige as veias dilatadas. Embora a varicocele não seja a única causa de infertilidade masculina, seu tratamento pode melhorar significativamente os parâmetros do esperma e aumentar as chances de concepção, seja por métodos naturais ou por técnicas de reprodução assistida. Homens com varicocele que desejam ter filhos devem procurar um urologista especializado para uma avaliação completa e individualizada.

FIMOSE/ BALANOPOSTITE/ POSTECTOMIA
A fimose é uma condição em que o prepúcio (pele que cobre a cabeça do pênis) não consegue ser retraído completamente para expor a glande. Essa condição é comum em meninos pequenos, pois o prepúcio normalmente é aderido à glande ao nascimento e vai se soltando naturalmente com o passar do tempo. No entanto, quando a fimose persiste após os 3-5 anos de idade, ou causa sintomas como dor, dificuldade para urinar ou infecções frequentes, pode ser necessário tratamento. A balanopostite de repetição é uma inflamação ou infecção da glande e do prepúcio, geralmente associada à dificuldade de higiene local. Os sintomas incluem vermelhidão, inchaço, dor e, em alguns casos, secreção. Quando a balanopostite ocorre com frequência, pode indicar a necessidade de tratamento mais definitivo. A postectomia, conhecida como circuncisão, é a cirurgia que remove o prepúcio. De acordo com os guidelines americano (AUA) e europeu (EAU), ela é indicada nos casos em que a fimose provoca sintomas, infecções recorrentes ou interfere na qualidade de vida. O procedimento é simples, geralmente realizado sob sedação associada à anestesia local, e tem recuperação rápida. Além de resolver os problemas associados à fimose e/ou balanopostites de repetição, a postectomia também pode trazer outros benefícios, como menor risco de infecções urinárias, redução na chance de doenças sexualmente transmissíveis (como HPV e HIV) e prevenção de condições como o câncer de pênis. Se houver dúvidas ou sintomas persistentes, é fundamental consultar um médico para avaliação e orientação sobre o melhor tratamento.

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB)
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é o aumento do volume da próstata, uma glândula localizada abaixo da bexiga que faz parte do sistema reprodutor masculino. Esse crescimento é comum em homens a partir dos 50 anos e não está relacionado ao câncer de próstata. No entanto, pode causar desconforto e impactar a qualidade de vida devido à obstrução que exerce sobre a uretra, dificultando a passagem da urina. Os sintomas mais comuns da HPB incluem dificuldade para iniciar o fluxo urinário, sensação de bexiga cheia mesmo após urinar, aumento da frequência urinária, especialmente à noite (noctúria), e fluxo urinário fraco. O tratamento para HPB varia conforme a gravidade dos sintomas e o impacto na vida do paciente. Em casos leves, pode ser adotada a vigilância ativa, que inclui acompanhamento médico regular e mudanças no estilo de vida, como reduzir a ingestão de líquidos à noite e evitar cafeína e álcool. Para sintomas moderados a graves, o tratamento medicamentoso é a primeira escolha. Os alfa-bloqueadores ajudam a relaxar os músculos da próstata e da bexiga, facilitando a micção. Já os inibidores da 5-alfa-redutase podem reduzir o tamanho da próstata ao longo do tempo, mas seus efeitos colaterais devem ser bem conversados com o paciente previamente. Se os medicamentos não forem suficientes ou se os sintomas forem muito intensos, tratamentos minimamente invasivos, como enucleação à laser ou ressecção transuretral da próstata (RTU), podem ser indicados. Em casos mais avançados, a cirurgia aberta, laparoscópica, ou robótica para remoção da zona central da próstata pode ser necessária. É importante que homens com sintomas de HPB procurem um urologista para avaliação. O tratamento adequado melhora a qualidade de vida e previne complicações, como infecções urinárias e retenção urinária.

EJACULAÇÃO PRECOCE (EP)
A ejaculação precoce é um dos problemas sexuais mais comuns entre os homens, afetando cerca de 20% a 30% deles em algum momento da vida. Ela ocorre quando o homem ejacula mais rápido do que ele ou sua parceira gostariam, muitas vezes com pouca estimulação sexual ou logo após a penetração. Isso pode causar frustração, ansiedade e até mesmo dificuldades no relacionamento. A ejaculação precoce pode ser primária, quando o problema existe desde o início da vida sexual, ou secundária, quando surge após um período de função sexual normal. Suas causas podem ser tanto psicológicas, como ansiedade, estresse e depressão, quanto biológicas, como alterações nos níveis de neurotransmissores (substâncias químicas do cérebro) ou hipersensibilidade do pênis. O diagnóstico é clínico, feito através de uma conversa com o médico sobre o histórico sexual, o tempo até a ejaculação e o impacto do problema na vida do paciente. Não há necessidade de exames em muitos casos, a menos que se suspeite de uma causa física subjacente. O tratamento varia de acordo com as causas e as preferências do paciente. Para causas psicológicas, a terapia comportamental ou psicoterapia pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar o controle. Medicamentos tópicos ou orais, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), podem retardar a ejaculação. Exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico (como o método Kegel) também são eficazes em alguns casos. Em situações mais complexas, pode ser necessária uma combinação de abordagens. É importante buscar ajuda médica ao perceber o problema. A ejaculação precoce é tratável e, com o suporte certo, é possível melhorar a vida sexual e emocional.

DISFUNÇÃO ERÉTIL (DE)
A função erétil é a capacidade do homem de obter e manter uma ereção firme o suficiente para a relação sexual. Problemas nessa área, conhecidos como disfunção erétil (DE), são mais comuns do que se imagina, afetando até 50% dos homens com mais de 40 anos em algum grau. Embora possa ser constrangedor, a DE é tratável em quase todos os casos, e buscar ajuda médica é essencial. As causas da disfunção erétil podem ser físicas, psicológicas ou uma combinação de ambas. Entre as causas físicas mais comuns estão doenças como diabetes, hipertensão, obesidade, problemas cardíacos, baixos níveis de testosterona e efeitos colaterais de medicamentos. Além disso, hábitos como fumar, consumir álcool em excesso e levar uma vida sedentária também aumentam o risco. No aspecto psicológico, ansiedade, estresse, depressão e problemas de relacionamento podem interferir na função erétil. O diagnóstico é feito com base no histórico médico, exames físicos e, se necessário, testes laboratoriais para identificar possíveis causas, como alterações hormonais ou problemas vasculares. O tratamento da disfunção erétil depende da causa. Em muitos casos, mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios, adotar uma alimentação saudável e abandonar hábitos prejudiciais, já podem ajudar. Medicamentos orais, como os inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (como sildenafila e tadalafila), são amplamente utilizados e eficazes para melhorar o fluxo sanguíneo no pênis. Se os medicamentos não forem suficientes, outras opções incluem dispositivos de vácuo, injeções penianas e, em casos mais graves, próteses penianas implantáveis. Além disso, a psicoterapia pode ser indicada quando há causas emocionais envolvidas. É importante lembrar que a disfunção erétil pode ser um sinal de problemas de saúde mais graves, como doenças cardiovasculares. Por isso, procurar um médico é essencial não apenas para tratar a condição, mas também para cuidar da saúde geral. Com o acompanhamento adequado, é possível restaurar a função erétil e melhorar a qualidade de vida.

INFECÇÕES URINÁRIAS DE REPETIÇÃO (RECORRENTE)
A infecção urinária de repetição (IUR) ocorre quando uma pessoa apresenta pelo menos três episódios de infecção urinária ao longo de um ano ou dois episódios em seis meses. Esse problema é mais comum em mulheres devido à anatomia do trato urinário, mas também pode afetar homens e crianças. As causas das IUR incluem fatores anatômicos, como alterações na bexiga ou na uretra, hábitos inadequados de higiene, uso de espermicidas ou diafragmas, retenção urinária, menopausa (nas mulheres) e doenças subjacentes, como diabetes. Em homens, pode estar associada ao aumento da próstata. Além disso, relações sexuais frequentes e algumas práticas podem aumentar o risco de infecções. Os sintomas das infecções urinárias incluem dor ou ardência ao urinar, vontade frequente de urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, dor no baixo ventre e, em alguns casos, febre. O tratamento inicial é feito com antibióticos, baseados na bactéria causadora da infecção, identificada por exame de cultura de urina. Para prevenir novos episódios, mudanças nos hábitos são recomendadas, como beber mais água, urinar após as relações sexuais, evitar segurar a urina por longos períodos e adotar higiene adequada. Para casos recorrentes, tratamentos preventivos podem incluir o uso de antibióticos em baixas doses por períodos controlados, terapia vaginal com estrogênio (para mulheres na pós-menopausa) e, em alguns casos, o uso de suplementos como cranberry e d-manose, que podem reduzir a adesão bacteriana no trato urinário. É fundamental procurar um médico se houver episódios frequentes de infecção urinária. O acompanhamento especializado ajuda a identificar fatores de risco, prevenir complicações e encontrar o melhor tratamento para cada caso, melhorando a qualidade de vida.

DOENÇA DE PEYRONIE
A doença de Peyronie é uma condição que afeta o pênis, causando o desenvolvimento de placas fibrosas no tecido que envolve os corpos cavernosos, responsáveis pela ereção. Essas placas podem levar a uma curvatura anormal do pênis durante a ereção, além de dor e, em alguns casos, dificuldade para manter relações sexuais. A causa exata da doença de Peyronie não é totalmente conhecida, mas acredita-se que microtraumas repetitivos durante a atividade sexual, esportes ou outros eventos possam desencadear o problema em homens predispostos. Fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar, diabetes, doenças do tecido conjuntivo e algumas condições genéticas. A doença pode se manifestar em duas fases: a fase aguda, em que a curvatura pode progredir e a dor é mais comum, e a fase crônica, em que a curvatura estabiliza, mas pode persistir a dificuldade sexual. O diagnóstico é feito pelo médico através de avaliação clínica e, em alguns casos, exames de imagem, como ultrassom, para avaliar o tamanho e a localização das placas. O tratamento varia conforme a gravidade dos sintomas e o impacto na vida do paciente. Para casos leves, sem dor ou prejuízo funcional, o acompanhamento pode ser suficiente. Quando há curvaturas severas ou dificuldade significativa para as relações, a cirurgia pode ser indicada. Os procedimentos mais comuns incluem a plicatura do pênis, enxertos para corrigir a curvatura ou, em casos extremos, a colocação de prótese peniana. A doença de Peyronie pode causar impacto emocional e afetar a autoestima. Buscar ajuda médica é essencial para um diagnóstico precoce e escolha do tratamento mais adequado, permitindo uma melhora na qualidade de vida e no bem-estar do paciente.

INCONTINÊNCIA URINÁRIA
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, um problema que pode afetar homens e mulheres de todas as idades, mas é mais comum em mulheres a partir da quinta-sexta décadas de vida, especialmente após a gravidez ou menopausa. Apesar de ser frequente, muitas pessoas sentem vergonha de falar sobre esse assunto. Existem diferentes tipos de incontinência urinária. A mais comum é a incontinência de esforço, em que ocorre perda de urina ao tossir, espirrar ou levantar peso. Já a incontinência de urgência acontece quando a pessoa sente uma vontade repentina e intensa de urinar, muitas vezes sem conseguir chegar ao banheiro a tempo. A incontinência mista combina os dois tipos. As causas incluem fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, alterações hormonais, infecções urinárias, obesidade, diabetes, problemas neurológicos, aumento da próstata nos homens e até efeitos colaterais de medicamentos. O tratamento depende da causa e do tipo de incontinência. Mudanças no estilo de vida, como perder peso, evitar cafeína e álcool, e urinar em horários programados, podem ajudar. Exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, como os exercícios de Kegel, são eficazes para muitos pacientes. Em casos mais graves, medicamentos podem ser indicados para controlar a bexiga hiperativa. Para a incontinência de esforço, procedimentos como fisioterapia pélvica ou cirurgia para suporte da uretra, como a colocação de sling (uma espécie de faixa), podem ser necessários. Nos homens, dispositivos como esfíncteres artificiais também são opções. Se você sofre de incontinência urinária, é importante procurar um médico. O diagnóstico correto e o tratamento adequado podem devolver sua qualidade de vida, ajudando a recuperar o controle e a confiança no dia a dia.

ESTENOSE DE JUNÇÃO URETEROPIÉLICA (JUP)
A estenose da junção ureteropiélica (JUP) é uma condição caracterizada por uma obstrução parcial ou completa no local onde o rim se conecta ao ureter, dificultando o fluxo normal de urina. Esse problema pode ser congênito (presente ao nascimento) ou adquirido ao longo da vida devido a traumas, infecções ou cálculos renais. A estenose pode levar ao acúmulo de urina no rim (hidronefrose), causando dor, infecções urinárias recorrentes e, em casos graves, danos permanentes ao rim. Os principais sintomas incluem dor lombar, geralmente associada à ingestão de líquidos, infecções urinárias de repetição, sangue na urina e, em casos avançados, diminuição da função renal. O diagnóstico é realizado através de exames de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada ou pielografia retrógrada, que mostram o grau de obstrução e a presença de dilatação renal. O uso da cintilografia renal pode auxiliar na avaliação da gravidade da obstrução à passagem da urina. Segundo os guidelines americano (AUA) e europeu (EAU), o tratamento depende da gravidade da estenose e do impacto na função renal. Em casos leves, pode-se optar pelo acompanhamento clínico com exames regulares. No entanto, quando há sintomas significativos ou risco de lesão renal, o tratamento cirúrgico é indicado. O procedimento mais comum é a pieloplastia, que remove a porção obstruída da JUP e reconecta as estruturas, geralmente realizada por laparoscopia ou robótica. A abordagem precoce e adequada é essencial para preservar a função renal e melhorar a qualidade de vida do paciente.

PLANEJAMENTO FAMILIAR/ VASECTOMIA
O planejamento familiar é um conjunto de ações que ajuda casais e indivíduos a decidir sobre o número de filhos que desejam ter e o momento mais adequado para isso. Ele inclui métodos contraceptivos, educação sexual e acesso a informações para promover uma decisão consciente e responsável. Essa prática é importante para a saúde dos pais e dos filhos, além de contribuir para o bem-estar da família como um todo. Entre os métodos de planejamento familiar, a vasectomia é uma das opções de contracepção permanente para homens. É um procedimento seguro, simples e altamente eficaz, indicado para quem tem certeza de que não deseja ter mais filhos. Durante a vasectomia, os canais deferentes, que transportam os espermatozoides, são cortados ou bloqueados, impedindo que os espermatozoides se misturem ao sêmen. Assim, o homem se torna incapaz de engravidar uma parceira. De acordo com os guidelines americano (AUA) e europeu (EAU), a vasectomia é considerada um método confiável, com taxas de eficácia superiores a 99%. O procedimento geralmente é realizado com sedação associada à anestesia local e tem recuperação rápida. É importante ressaltar que a vasectomia não afeta a produção de hormônios masculinos, a libido ou a capacidade de ter relações sexuais. Antes de optar pela vasectomia, é essencial conversar com um médico para esclarecer dúvidas e avaliar se o procedimento é a melhor escolha. Também é importante lembrar que a vasectomia não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), sendo recomendável o uso de preservativos em situações de risco. O planejamento familiar, quando bem conduzido, promove escolhas seguras e melhora a qualidade de vida.

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTs)
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são doenças causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, que se transmitem principalmente durante relações sexuais desprotegidas. Entre as mais comuns estão a sífilis, gonorréia, clamídia, HPV, herpes genital, HIV e hepatites B e C. Essas infecções podem afetar homens e mulheres de todas as idades, muitas vezes sem apresentar sintomas, o que aumenta o risco de complicações e transmissão. De acordo com os guidelines americano (CDC), europeu (ECDC) e as recomendações da Agência Nacional de Saúde, o uso correto e consistente de preservativos é uma das formas mais eficazes de prevenir as ISTs. Além disso, a vacinação contra o HPV e a hepatite B é fundamental para evitar essas infecções. Os sintomas, quando presentes, podem incluir corrimento, dor durante a relação sexual, feridas genitais, coceira ou febre. Contudo, algumas ISTs, como o HIV e a clamídia, podem ser silenciosas, tornando o diagnóstico precoce essencial. Por isso, é recomendado que pessoas sexualmente ativas façam exames regulares, especialmente se tiverem múltiplos parceiros. O tratamento varia conforme a infecção e pode incluir antibióticos, antivirais ou outros medicamentos. É importante que todos os parceiros sexuais sejam tratados simultaneamente para evitar reinfecções. A prevenção e o cuidado são os pilares para reduzir o impacto das ISTs. Além do preservativo e da vacinação, a informação é uma ferramenta poderosa. Conversar abertamente com o médico e adotar práticas sexuais seguras são atitudes que promovem saúde e qualidade de vida.

NÓDULO DE GLÂNDULA SUPRA-RENAL
Os nódulos de glândula suprarrenal, também chamados de incidentalomas adrenais, são massas ou tumores detectados nas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins. Geralmente, esses nódulos são encontrados de forma incidental, durante exames de imagem realizados por outros motivos, como tomografia ou ressonância magnética. De acordo com os guidelines americano (AACE/AAES) e europeu (ESE), a maioria dos nódulos suprarrenais é benigna e não causa sintomas. No entanto, alguns podem produzir hormônios em excesso, levando a condições como hipertensão, síndrome de Cushing (excesso de cortisol) ou hiperaldosteronismo (excesso de aldosterona). Em casos mais raros, os nódulos podem ser malignos (câncer). Os principais exames para avaliação incluem análises hormonais no sangue e na urina, além de estudos de imagem para determinar o tamanho e as características do nódulo. Nódulos menores que 4 cm e sem sinais de atividade hormonal geralmente são acompanhados com exames periódicos. Nódulos maiores, com características suspeitas ou que produzem hormônios, podem necessitar de remoção cirúrgica. O tratamento depende do tipo e do comportamento do nódulo. Nos casos benignos e sem atividade hormonal, o acompanhamento regular é suficiente. Para nódulos malignos ou produtores de hormônios, a cirurgia é recomendada. É essencial realizar o acompanhamento com um médico especialista, que avaliará o caso individualmente. Com diagnóstico e manejo adequados, a maioria dos nódulos suprarrenais não representa risco à saúde a longo prazo.
